quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Hoje eu tomei um susto.

Ao me deparar com novas possibilidades de preencher o vazio tive esperança. Eu, que em nada acredito, tive esperança. Criei uma dessas imagens felizes inúteis (ou super-úteis).

Devo ficar feliz? ou vai acontecer tudo de novo?

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Eu não sou uma pessoa corajosa. Nunca fui.
Eu não sou burro, também. Eu sei quando tenho problemas. Aliás, sei até demais.
Mas o que é o conhecimento sem coragem?
Neste exato momento eu estou em crise. Estive em crise esse ano todo. Eu sei. Mas não tenho coragem de tomar atitude pra mudar. Lembro Dylan dizendo "If you've got nothing you've got nothing to lose" mas de nada me adianta saber disso.

Esta semana eu vi uma luz. E eu tentei tão arduamente me agarrar a ela que eu me achei ridículo. Embora seja uma das coisas que eu mais faça, eu odeio me achar ridículo. Eu não tenho coragem pra ser vítima. Prefiro a força, o conhecimento, qualquer coisa menos me abrir e dizer: estou só e triste.

Essa semana eu estou parecendo alguém que eu conheço e isso é pior do que ser só triste. É se desesperar.

Eu tenho medo de me perguntar e não saber a resposta e então decidir morrer. Tenho certeza que isso aconteceria.

E então eu escrevo nessa estúpida utopia de que alguém leia e ache alguma coisa. Me ache.

What's the use of wondering?

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

estóico

o caetano canta, na sala: "eu só queria o amor, amor e mais nada".

e eu permaneço rijo, teso, estóico. permaneço na estrada que vai do nada ao nado tentando, em vão, encontrar algo que signifique.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

O vento

Eu quero escrever um livro. Escreverei assim: o vento.
Ventará ao abrir de suas páginas. Talvez nem haja palavra, voando que se foi. E letras assim voando neste vento que é morte criará a vida balbuciante do novo que brilha. Será assim: direi gregotins.
Gregotins, minha querida. Gretotins sim.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

o samba;

Ninguém me salva,ninguém me engana. Eu sou alegre,eu sou contente,eu sou cigana,eu sou terrível.Eu sou o samba
eu queria que sartre nunca tivesse existido.
que Deus nunca tivesse morrido.

Viveria assim: lúcido e feliz com meu aristóteles de bolso.

Mas existiu. Mas morreu. Mas morri.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

war

eu estou tão cansado de lutar. Queria dizer assim, com peito doído de vencedor de batalha: if there's no one there, then there's no one there. But at least the war is over.