segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Eu não sou uma pessoa corajosa. Nunca fui.
Eu não sou burro, também. Eu sei quando tenho problemas. Aliás, sei até demais.
Mas o que é o conhecimento sem coragem?
Neste exato momento eu estou em crise. Estive em crise esse ano todo. Eu sei. Mas não tenho coragem de tomar atitude pra mudar. Lembro Dylan dizendo "If you've got nothing you've got nothing to lose" mas de nada me adianta saber disso.

Esta semana eu vi uma luz. E eu tentei tão arduamente me agarrar a ela que eu me achei ridículo. Embora seja uma das coisas que eu mais faça, eu odeio me achar ridículo. Eu não tenho coragem pra ser vítima. Prefiro a força, o conhecimento, qualquer coisa menos me abrir e dizer: estou só e triste.

Essa semana eu estou parecendo alguém que eu conheço e isso é pior do que ser só triste. É se desesperar.

Eu tenho medo de me perguntar e não saber a resposta e então decidir morrer. Tenho certeza que isso aconteceria.

E então eu escrevo nessa estúpida utopia de que alguém leia e ache alguma coisa. Me ache.

What's the use of wondering?

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

estóico

o caetano canta, na sala: "eu só queria o amor, amor e mais nada".

e eu permaneço rijo, teso, estóico. permaneço na estrada que vai do nada ao nado tentando, em vão, encontrar algo que signifique.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

O vento

Eu quero escrever um livro. Escreverei assim: o vento.
Ventará ao abrir de suas páginas. Talvez nem haja palavra, voando que se foi. E letras assim voando neste vento que é morte criará a vida balbuciante do novo que brilha. Será assim: direi gregotins.
Gregotins, minha querida. Gretotins sim.